terça-feira, 28 de maio de 2013

Quando eu morrer - Danielle Rocha Silva

Quando eu morrer quero ir
Não quero ficar na terra
Por quê?
Guerra

Quero viajar no espaço
Ser desintegrado em átomos
Descobrir o início
Preciso

Além do buraco negro
Em outro sistema solar
vou viajar no tempo
Pretendo

E quando tudo souber
Vou querer voltar
E me arrepender de ter ido
Fluindo

domingo, 26 de maio de 2013

Quando eu morrer - Felipe Ramos dos Santos

Quando eu morrer quero ficar
Não contem aos meus vizinhos
Curiosos em minha cidade
Que fase!

Meus pés enterrem no
Campo do meu time
 De coração
Uma nação.

A boca deixe na arquibancada
Para gritar raça, amor e tradição.
Mas sem duvida, para xingar o juiz ladrão
Uma missão.

Os olhos deixem no horizonte
Quem sabe assim eu possa
 Avistar um lugar
 Ate Madrugar!

O coração deixo ao mundo e a família
Pois nele está todo o amor, que a eles eu passaria.
Mas ninguém saberia quanto tempo

Bastaria.

domingo, 19 de maio de 2013

Deixem em cada ponto Uma reticência – Julia Selena

         Quando eu morrer quero morrer
          Tocarão trombetas em respeito
          Nossas lutas focarão na saudade

         Minha vida enterrem na rua 9
         Meu coração comecem a matar
          Guarulhos, Rua Branquinha
          Meus pés joguem ao universo

          A arte perpetue até meus ossos e meus restos

           Cada exemplo

                       Contem a todos
                    em São Paulo
                    Mesmo em família
                     poros
                     pelo
                     unha
                     dente

             Deixem

              Deixem de  tempo
                                  copo
                                  zelo
                                  testemunha
                                  semente

          O meu espírito é de Deus

Pedaços de mim - Nathalia Bellineli

Quando a morte me pegar
Viajarei por aí espalhando
Tudo o que em mim há
E por aí vou me desmanchar

Dentro de um livro
Sim! No livro meus olhos vão ficar
Viagem e experiências única
Que todo livro tem

Aos versos de Caio Fernando Abreu
Meus ouvidos vão gostar
É um sentimento forte
Que todos gostam de escutar

Minha boca com meu pai vou deixar
Contar minhas angústias e medos
Que ele flata escutar
Voltar no tempo vou tentar

Meus braços larguem no zoológico de Berlim
Para os animais abraçar
Que a vontade torne realidade
Que mansos vão ficar

De tal pessoa especial
Vou sentir saudades de lhe tocar
Com minhas mãos , tal vai ficar
Segurança é o que sentirá

Meus pés , meus lindos pés
Estes deixarei cada dedo e unha
Num lugarzinho do mundo
Andarei por todo lado

Minhas pernas no fundo do mar
Vão fazer companhia para o Titanic
E moradia , paras os peixes ,
Nós todos juntos vamos ficar

Dentro do bolso de  minha mãe
Meu nariz se encontrará
Seu cheiro vou guardar
Amor como esse jamais vou encontar

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Canção do exílio - Livre aos corredores (Nathan Bonifácio)

Meu mercado tem corredores
onde neles posso comprar
aqui eu compro
como não compro lá.
Nosso carrinho tem mais compras
nossas compras têm mais qualidade
ao comprar sozinho à tarde
mais compras eu encontro lá.
Meu mercado  tem corredores
onde neles posso comprar.
Meu mercado tem compras
que tais não encontro eu lá
meu mercado tem corredores
onde neles posso comprar.
Não permita Natch que eu morra
sem que eu compre lá
sem que eu desfrute das minhas compras
que não encontro cá
sem que eu aviste meu salário todo acabar
onde eu estava a comprar.

Canção do exílio - Na minha casa (Ana paula Fernandes)

Na minha casa
tem barraco
não existe como lá
até sapato voa lá.

Se você reclama
Deus te perdoe
porque você vai apanhar
isso quando não te matar.

Mas apesar de tudo
lá é bom para morar
pois tenho muito amor
e carinho para dar.

Lá tem muitos
passarinhos, só
não tem um sabiá
para cantar.
Onde está o sabiá?

Além da minha casa
há várias outras
que não são iguais à minha,
e é lá que eu tenho que me inspirar.

Não permita Deus que eu morra
antes de ver minha casa igual às outras:
cheia de amor e sem brigas.

Canção do exílio - Laje (Mateus Alves dos Santos)

Em minha casa tem uma laje
onde subo pra tomar ar
lá espero com angústia
ver todos os dias meu amor passar.

Enquanto ali espero
à minha frente passa um caminhão
o nome estampado dela, nele está
o que faz bater meu coração.

Lá passa tudo à pressa
inclusive crianças a andar
mais uma vez na minha laje
vejo meu amor passar.

Uma coisa que bem entendo
é a poesia de tua paisagem
nela a cor nunca está morrendo
e nem meus pensamentos que se tornam uma viagem.

Da última vez que dali desci
foi pra minha mãe atender
e antes que eu parta
um te amo quero dizer.

Paraste de ir lá
e a saudade aumentou o amor.
Por favor volte
ou crie um remédio pra minha dor.

Parou mesmo de passar ali
o porquê quero entender.
E antes que algo aconteça
me ensine a te esquecer.



Canção do exílio - A alma da cidade (Camila da Silva Salles)

A alma de São paulo
cheia de crimes, assassinos,
pensadores e destruidores
cheia de sangue cheia de dores.

Corrupção, sistemas que limitam
com muitos desafios que nos esvaziam
dias de luta dias de glória
enquanto isso a alma chora.

Pessoas no vazio das ruas,
que é senhora dos seus caprichos
abandona seus filhos e ladrões de lixo
que sem ter para onde ir
ficam aflitos.

Na esperança de dias bonitos
só temos os amigos
que podem estar perdidos,
mas não podem morrer
sem ver a vitória
de conquistar dias melhores.

Sem um assaltante apontando
uma arma pra sua cabeça.
Sem os fogos avisando
que é a chegada da polícia.

Sem a mesma guerra do narco tráfico
sem as drogas e o cheiro de sangue
do ar pesado que respiramos.

Só o som dos pássaros
que cantam e encantam
a legram e dão vida aos fantasmas
que se esconderam um dia
na escuridão de suas casas.

Fantasmas que um dia
tiveram medo e pavor
perderam a alegria de vier
mas agora como a fênix
vão renascer das cinzas
e retomarem suas vidas.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Canção do exílio - A arte de ensinar (Juliana Santos)

Minha escola tem muitos professores,
mas eles não estão mais lá.
Estão lutando pelos seus direitos
para a educação melhorar.

Ensinar é uma arte para o Brasil evoluir
Educação é uma arte para o povo progredir.

Não permita que eles fiquem
sem a vontade de educar,
pois se eles não ensinarem
onde o Brasil vai parar?

Canção do exílio - eu sou funkeira (Gabriella Araújo Santos)

No bairro onde eu moro
tem funk e gosto de dançar,
às vezes eu danço na rua
e em casa gosto de requebrar.

Nossos céus têm mais estrelas
nossos campos têm mais flores
nossas casas têm mais funk
nossos funks têm mais armadores.

Em cismar, sozinha à noite,
tenho mais prazer de dançar
minha terra tem mais funk
do jeito que eu posso cantar:
"tchutcha tchutcha tchutcha tcha"

Cançao do exílio - Quando olho para o céu (Daniel Ximenes)

Lá no céu tem estrelas
e elas são lindas de olhar
de noite elas brilham
e de dia elas vão descansar.

Quando olho para o céu
me apaixono pelas estrelas
porque elas são muito lindas.

Quando elas não aparecem
acabam com a minha vida.

A cada estrela que aparece
é uma pessoa que morreu
já quando some
é uma pessoa que nasceu.

Canção do exílio - Estrela no céu (Milena Alencar)

No céu existem estrelas
e é pra lá que eu gosto de olhar
quando aparecem nuvens
é lá que elas gostam de estar,
no céu elas brilham sem parar.

Quando as nuvens as cobrem
elas sempre dão um jeito
de estar por lá.
A cada dia sempre há mais estrelas,
a se incluir por lá.
No meio de várias
elas irão brilhar.

Não se sabe de onde vêm o seu brilho
Se é do sol ou da física
Isso não terá resposta
mas para o meu olhar
a estrela é uma isca.

Canção do exílio - Minha língua (Manuela)

Minha língua às vezes trava
não consigo nem falar,
trava línguas é difícil
como, às vezes, é falar.

Falar é fácil
rimar é difícil,
falar os dois torna isso
quase impossível.

Meu pensamento ilude a fala
posso escrever, desenhar e pintar
minha imaginação não se cala,
diante da arte de se comunicar.

Canção do exílio - A cadeira do azar (Mauro Marcel)

Na minha casa tem uma cadeira
que vive a me derrubar
toda vez que eu sento nela
a bunda o chão vai beijar.

Tem buracos no telhado
e na rua um bafuá.
Tiros, mortes no meu bairro,
tenho medo de ir lá.

Minha terra tem calçadas
mas nelas não posso andar
nelas encontro degraus,
muros, postes (tudo há lá).
Menos gente nelas andando
um caminho pra ninguém caminhar.

Não permita Deus que eu morra
sem nada conseguir mudar
pelo menos o telhado
das pessoas ou da casa
e a cadeira do azar.

Canção do exílio - A diretora (Jeane Alice)

Minha escola tem uma diretora
e ela é chata pra danar.

Os alunos têm medo dela
pois por qualquer motivo
os alunos da escola ela quer expulsar.

Tem alunos que o respeito
dela irá ganhar.
Mas têm outros que
nem perto vai chegar.

Não permita Deus que pra
essa diretoria nenhum dos
professores queira me levar.

Briga nesta escola não vou querer arranjar
porque se eu for para esta diretoria
logo vai me expulsar.

Canção do exílio - Dia 18 (Ana Beatriz Alencar)

Dia 18 tem Michel Teló
e lá eu vou estar,
porque é em Atibaia
que o show vai estralar.
E no meio das nuvens
o sol vai brilhar,
pois não há coisa
melhor nesse mundo
do que lá eu estar.
Ele vai cantar até
o dia clarear, e vai
ser lá pra Naná
que o bicho vai pegar.
A Naná é minha amiga
e nela eu posso confiar,
por ela eu dou
a minha vida
só para vê-la brilhar.

Canção do exílio - Corinthians (Matheus de Souza)

Na minha terra tem Corinthians
onde cantam sem parar
as aves que aqui não cantam
como nós cantamos lá.

Aqui as estrelas não aparecem
pois os fogos é que florescem.
Nossos jogadores são melhores
assim nossa vida se colore

Minha terra tem Palmeiras
onde jogam sem ganhar
mais prazer eu encontro lá
vendo meu Corinthians jogar.

Não permita Deus que eu morra
antes que eu veja meu timão
do Santos ganhar.

Canção do exílio - Minha casa (Lidiane Jesus de Oliveira)

Minha casa tem aconchego
onde papai fez direito
onde nem tudo é perfeito,
onde a vida tem um preço!

Minha casa têm aconchego;
onde todos vivem lá!
Onde tudo o que acontece
a mamãe descobre já!

Minha casa não tem flores,
pois a vida já tem cores
onde vivem os amores
da minha dádiva encontrar!

Na minha casa de madeira
a minha vida é certeira,
pois o leiteiro passa
entregando a leiteira.

Na minha casa de Bocal
onde a vida é normal!
Onde o carteiro passa
entregando o jornal!

Na minha casa de ursinho,
onde pousa o passarinho,
aprontando o seu ninho,
para dar luz aos filhotinhos!

Pois esta é minha casa
que parece uma emboscada
mas que tem muita graça
e que todos vivem lá!

Canção do exílio - Minha rua (Érica de Souza)

Eu moro lá em Guarulhos
mas sempre me assusto lá
sempre quando eu saio
ouço um tiro a disparar.

Lá tem policial
mas eles nem me defendem
tem alguns que só querem matar
e nem cuidam da vida da gente.

Moro lá na minha rua
tem bandido e noiado
sempre quando eu saio
um monte de viciado.

À noite ou de dia
não vá duvidar
sempre terá aquele ar
de que um viciado há por lá.

Os policiais nem agem
tem mais é medo dos bandidos.
Alguns tentam se defender
mas acabam levando um tiro.

Se você quer morar em algum lugar
pense antes de escolher
A minha rua só tem noiado
e morte você não quer ver.

A RAIVA – Cleber Teixeira da Silva


Era um dia comum na escola, muitas lições, trabalhos pra fazer, e muitas coisas para copiar da lousa, uma lousa velha toda arranhada e muito lisa, a janela era virada para o lado que o Sol nasce, e devido aquela lousa ser velha demais o reflexo do sol batia ma lousa e não enxergávamos nada.
Era difícil suportar também os alunos bagunceiros que só queriam “zuar” na sala. Eu sentava no meio, e do meu lado tinha um colega meu que gostava muito daquelas bandas estilo Restart, apesar dele dizer que não era Emo, ele alisava o cabelo deixando uma franja enorme.
Ocorreu que em um dia ele estava cantando Lady Gaga, e estava me irritando, pois alem de cantar ele dançava na cadeira, avisei muitas vezes para ele parar, porem não me deu atenção.
Naquela época eu bebia muita água e levava uma garrafinha de 1 litro para eu não ficar saindo da sala direto. Por mais que eu insistisse ele não parou e cantava mais alto, naquele dia a professora tinha faltado e estava uma eventual, e aproveitei a oportunidade e derramei a garrafa toda no cabelo dele. naquele momento o cabelo lisinho voltou a ser tornar cachos até ficar crespo!  

Canção do exílio - Bairro perigoso (Silvestre S. Santos)

Na minha terra tem assaltantes
para me roubar,
mas a polícia já está a investigar.
Os moradores entrevistados
estão em todo lugar.
Nossas casas têm mais grades,
nossas ruas têm mais roubos,
nossas vidas em apuros,
onde estão os policiais?
Crianças não saem de casa,
ou irão se machucar,
com perigos que lá fora
tendem a continuar.
Minha terra tem perigos,
que já se encontram lá
em cismar - sozinho à noite -
com medo de eu apanhar.
Eu peço a Deus para
eu não morrer até meu bairro melhorar
porque é tudo o que eu tenho
até a morte me pegar.

Canção do exílio - Felicidade onde morar (Daniel Araújo)

Na minha cidade tem casas
que as pessoas usam pra morar.
Algumas casas tendem a desabar
e se não arrumar você morrerá.

Não encontro felicidade de morar lá,
mas não quero me mudar,
pois minha infância se encontra lá
e eu não a quero apagar.

Eu quero terminar minha vida por lá,
e meus filhos criar
sem as lembranças se apagar.

Canção do exílio - A inspetora feia pra danar (Jaqueline Alice)

Na minha escola tem um inspetora
e ela é feia pra danar
quando os alunos olham pra ela
eles começam a chorar
com medo dela todo mundo tá
além de feia é chata pra lascar
sem motivos pra diretoria
esta bruxa os alunos quer levar.

Só para os alunos se ferrar
para a diretoria ela vai levar
chegando lá a mentira ela vai inventar
a diretora vai acreditar
e suspensão eu vou tomar.

Chegando em casa a minha mãe vai me matar.
Não permita Deus que esta diretora vá me pegar
porque do jeito que tá
logo logo vou me ferrar.